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quarta-feira, 22 de agosto de 2012







BUQUÊ  DE  FLORES

(Maria Paraguassu)



Passeando pelo jardim
Vejo um universo de flores,
Belas, perfumadas, lindas!

Gostaria de ter, de todas,
Algumas para um buquê
Com um grande laço de fitas.

Tomaria este buquê e o ofertaria
A ela, minha encantadora
Namorada de olhos azuis.

Azuis como violetas viçosas,
Pele como botões de rosas
E vestida como lírios brancos.

Um perfil de mulher esbelta
E fina. Loura como girassóis
Que se estendem ao longo do campo.

Num perfume de diversas fragrâncias
Que o pôr-do-sol esconde,
                             Para mostrar ao nascer dos dias.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012







CARTAS  INSÓLITAS

(Maria Paraguassu)



Numa coluna de jornal
Escrevi meu desejo:
Encontrar alguém
Amável, compreensivo e bom.

Por carta, veio a resposta.
Após ler por muitas vezes,
Aceitei, através de outra carta,
O convite para conhecê-lo.

Jantamos, fomos ao cinema,
E começamos a namorar,
Passando a nos ver nos
Fins de semana, com hora marcada.

Depois de dois anos do
Primeiro encontro, escrevi para ele
Uma carta, terminando o namoro,
Pois descobri que não tínhamos nada em comum.

Ele respondeu-me, por carta,
Agradecendo os momentos que juntos passamos
E pelo tanto que havia sonhado
Que um dia, talvez, pudéssemos casar.

Hoje, escrevi novamente para
A coluna do jornal...

sábado, 11 de agosto de 2012






O  PIANISTA

(Maria Paraguassu)


O piano no canto da sala jaz calado,
Revelando a tristeza do artista
Que agora já não mais dedilha
Seu  teclado fiel e tão amado.

Tantas notas de músicas tocadas
Aplausos... Gritos... Quanta ironia!
Olhando as mãos já desgastadas,
Pela  velhice que lhe toma os dias...

Foi uma época áurea e de gloria,
Quando tocava com intensa harmonia
Acordes de belas sinfonias.

Na doença, na velhice, sua história
Traz hoje, saudade e nostalgia,
Enquanto outrora, era brilho e fantasia!

segunda-feira, 23 de julho de 2012


               FRAGMENTOS...



               FRAGMENTOS...

               (Maria Paraguassu)


             Nuvens perpassam o céu
             Em pequenos pedaços disformes.
           Às vezes tapam o sol,
               Às vezes deixam-no brilhar a descoberto...

            Assim são também meu pensamentos,
          Que céleres, vem e vão,
        Num ritmo descontrolado
           Em minha memória...

            Muitas vezes, demoram mais um pouco,
         Outras, passam rápidos
         Esgueirando-se entre a vontade
          De cantar e de chorar...

         São apenas fragmentos de passados
        Cujas vidas ainda me lembram,
     Do tanto e tanto,
          De outros dias que já vivi...

          Dias de sol e dias de chuva,
         Noites de sonhos e de pesadelos.
        Que me perturbam agora,
         Devorando meu pensar.



domingo, 15 de julho de 2012


  
FELIZ ANIVERSÁRIO, VALÉRIA!

(Maria Paraguassu)



Quando nascestes, já eras linda!
Cabelinho claro e olhos de um azul profundo!
Tranquila, mais parecia uma boneca
Que eu tinha ganhado de Deus!

Com o tempo, ensinou-me a ser mãe.
Seus olhos espertos pareciam o céu,
Num dia claro, iluminado pelo sol!
Como era linda, minha pequena boneca!

Hoje, estás mais linda ainda!
Sabem, aquelas fadas dos bosques,
Com um corpo de mocinha e
Cabelos encacheados e soltos?
É a minha menina, mulher e mãe!

O tempo voou! E hoje, ela aniversaria.
Já recebeu de Deus duas jóias preciosas.
Lindos e maravilhosos netos,
Que Deus – Pai, Amigo e Todo Poderoso,
Concedeu-me, para que eu vivesse a glória de ser avó!

Um casal de filhos e uma vida pela frente
Para ser a mesma menina de sempre, querida e amorosa.
Que Deus a abençoe, filha amada,
Por mais um ano de vida junto a nós!

E eu continuo a mesma, apenas
Mais madura (para não dizer mais velha).
Amando a todos os meus filhos mais que a mim mesma,
Pois mãe é para todo o sempre!

sexta-feira, 6 de julho de 2012



AVES  E  VOOS




AVES  E  VOOS

(Maria Paraguassu)



Subir! Voar! Ir aos céus...
Oh! Ilusão doce e gostosa...
Qual pássaro leve e volante,
Ir às nuvens, saltitante!

Às vezes, em sonhos,
Me vejo com asas brilhantes
A descer das alturas,
E pousar nas praias desertas.

Voar! Pode haver algo mais belo
Desgrudar da terra a alma,
E pousar sobre as estrelas
Na busca da infinita calma?

São assim que as aves voam.
Eu as vejo e as invejo,
No doce rendilhar de seu revôo,
A ir e vir dentro do meu sonho.






sábado, 30 de junho de 2012




A  DOR  DA  SAUDADE
  
(Maria Paraguassu)

  
Meus olhos ainda te vêem nos sonhos.
Quando eu adormeço,
O amargo fel que sinto na boca,
É da falta dos teus beijos...

Já faz tanto tempo
Que não nos vemos mais...
E dói, ainda, no peito
Esta maldita saudade
Que corrói minhas entranhas,
E põe-me a chorar em prantos...

Aí acordo e lembro
De quando chegavas e me abraçavas.
E eu era levada pelo carinho
Dos teus braços...

Hoje, descubro-me só e cansada
De sofrer de amar, de chorar.
Nas recordações do passado,
Busco um alívio para esta saudade...
Mas só encontro ... mais saudade.
E como dói sofrer assim !

terça-feira, 26 de junho de 2012




QUERIA  SER ...

(Maria Paraguassu)


Queria ser aquele príncipe,
Que te beijou nos lábios
E te acordou daquele sono
Que te jazia morta.

Queria se o mago encantado
Que encontraste no bosque
Que te ensinou a amar
Como nunca tinhas amado.

Queria ser a água que dessedenta
Tua sede e aplaca o calor
Quando estás sob a cachoeira
De teus cabelos.

Queria ser apenas um espelho
Para reter tua imagem na memória
Para eternizá-la em minh’alma
E nunca mais esquecê-la.

Queria ser um pequeno verso
De uma poesia qualquer
Para poder cantar e dizer
Que és a flor do dia e a luz da noite.


terça-feira, 19 de junho de 2012




SABEDORIA

(Maria Paraguassu)


Sábias são as palavras
Que nos dizem que
O amanhã deverá ser feito
De coragem, fé e amor.

Coragem – que nos leva
A enfrentar o mundo
Com bons pensamentos e o
Imenso poder que temos para isso.

Fé – que faz debruçar-nos
Sobre nossa origem,
Mostrando como saber
Encontrar o caminho correto.

Amor – que nos ensina a
Compreender aqueles que conosco
Dividem a vida neste mundo
Nossos irmãos, filhos de Deus.

Sábio é aquele que avança
No tempo e no espaço,
Compreendendo as nuances da vida
                        Na alquimia da fraternidade.

Este ser já aprendeu
As divinas leis do amor,
Da paz e do bem,
                     Que devem reinar sobre a humanidade.

domingo, 3 de junho de 2012



“Eternidade”

(Maria Paraguassu)


Eternos são os momentos
Que convivemos juntos.
Amigos do infinito e do longínquo
Céu onde habita nosso mundo.

Eternas são as vozes que ouço
Convidando-me a visitar espaços outros,
Diferentes e estranhos aos que
Temos aqui neste Planeta.

Eternas são as palavras que falo
E que, muitas vezes, poucos crêem mas
Que estão cheias de verdadeiros
Tesouros de sabedoria.

Eternas serão as lembranças
Que cada um de nós deixará,
Quando aqui não mais estiver
E que ficarão no coração das pessoas.

Eterna eu sou e serei sempre
Como cada um de vocês,
Pois voltaremos mais vezes
Do que podeis imaginar.

Eternas são as leis de Deus
Que, imutáveis e soberanas,
Regem a orquestra do Universo
                             Com a maior beleza e maestria.

terça-feira, 29 de maio de 2012




" ESTRANHA  LOUCURA"

(Maria Paraguassu)


Toma conta de mim
Esta estranha loucura.
Sou louca porque vejo,
Amo, odeio, grito e penso,
Em fazer o que eu sonho.



Meu sonho é de guerra,
De paz e de lutas.
De silêncios e labutas,
Que meu coração encerra.



Mas, por que vem tudo isso?
Se no meu parco conceito,
Por vir de mim, tanto sofro,
Tanto choro e não aceito.



Que desespero maldito,
Na encruzilhada me encontro.
A vida e morte que eu sonho,
Neste vai-e-vem infinito.



Esta é a estranha loucura
De um ser que não teve passado,
De alguém que não terá futuro,
E tem um presente arrasado.



Louca, eu? Jamais me vi
Assim deste jeito.
Penso e repenso e escuto vozes
Que me provocam, dizendo:



Sou o que sou, na verdade,
Sou uma triste e estranha
Conclusão de um velho profeta,
Que conta na lenda da vida,
A fatal e cruel realidade.


domingo, 20 de maio de 2012




DEPOIS

(Maria Paraguassu)


Depois, é algo que
Pode nunca chegar...
Depois, é o amanhã
Incerto e desconhecido...

Depois, é a dúvida
Que assola nosso coração...
Depois, é a forma
De adiar o agora...

Depois, nunca foi o ontem
Nem nunca será o hoje...
Depois, não sabemos
Se os pensamentos serão os mesmos...

Depois, vale por um talvez
Que de certeza não tem nada...
Depois, é outra vez
Onde a luz ainda não se fez...

Depois é, em suma,
A dúvida do que seremos...
Ou a convicção
Daquilo que nunca fomos...








segunda-feira, 7 de maio de 2012




PARA MINHA MÃE

(Maria Paraguassu)


Escutei-te a voz,
Quando ainda nada entendia.
De onde estava, sentia teu amor
A me abençoar e a conversar comigo.

Era uma voz tão doce e tão meiga,
Que me deixava à vontade
Para crescer e fazer peripécias
Dentro de ti.

Foi um período tão bom,
Quando não sentia fome nem frio.
Tu me aquecias e me alimentavas
Com a seiva doce e gostosa do teu ventre.

Depois, nasci.
E teu amor cresceu mais ainda.
Colhia-me em teus braços e
Beijava-me o rosto e os cabelos.

Como me senti amada. Desde sempre.
Hoje, sou eu que te beijo e te venero.
Velhinha, doente e cansada,
Trazes na face, ainda, o mesmo olhar.

E quando te olho, sinto o amor
Crescer e derramar-se em meu peito.
E compreendo e aceito teu medo de ir embora
E deixar-me, depois de tanto tempo juntas.

E nossos olhares se encontram e
Eu escondo o pranto que teima em cair,
Para que tu não percebas a saudade imensa
Que eu sinto do tempo que estava dentro de ti.

Juro-te que daria qualquer coisa,
Para ter-te novamente, jovem e bela,
A beijar meu rosto e meus cabelos
E a dizer-me do grande amor que tinhas por mim.

Deixa-me olhar nos teus olhos e
Dizer-te que amor nenhum é igual ou maior
Que o amor de uma mãe por seus filhos.
Beijo teu rosto e teus cabelos, mãe amada.



Quero, com este poema, felicitar e abraçar a todas as minhas amigas e seguidoras que são mães, pelo Dia das Mães.

Feliz Dia das Mães!

quarta-feira, 2 de maio de 2012





UM GRANDE AMOR

(Maria Paraguassu)


Busquei no teu sorriso,
A minha sustentação.

Busquei na tua boca,
O beijo que eu queria.

Busquei no teu olhar,
O espelho de mim mesma.

Busquei nas tuas falhas,
A desculpa para as minhas.

Busquei nas tuas mãos,
O calor que me faltava.

Busquei no teu corpo,
Saciar o meu desejo.

Busquei na tua voz,
A música para meus ouvidos.

Busquei na tua fé,
A força da minha coragem.

Busquei na tua alma,
O coração que tanto queria.

Busquei em você,
                 O grande amor da minha vida.

sexta-feira, 27 de abril de 2012




SE EU FOSSE...

(Maria Paraguassu)


Se eu fosse o sol,
Não me esconderia ao ver
Uma nuvem escura.

Se eu fosse uma estrela,
Dançaria com todas as demais
Uma bela valsa no céu.

Se eu fosse a lua,
Me abraçava bem apertadinho
Com a Terra.

Se eu fosse a Terra,
Pediria clemência e amor às criaturas
Que tanto me maltratam.

Se eu fosse o vento,
Sopraria para bem longe
As saudades das pessoas.

Se eu fosse a chuva,
Molharia a alma da Terra
Para ver nascer mais flores.

Se eu fosse um rio,
Correria direto para o mar
Para ser maior e mais profundo.

Se eu fosse um anjo,
Pediria suas asas
Para voar.

Se eu fosse uma flor,
Derramaria todo o meu perfume
Por onde passas.

Se eu fosse você,
Abençoaria o instante que ora vives
Pois esse é um momento especial.

Se eu fosse eu mesma,
Seria a mesma pessoa que sou agora
Pois sou feliz assim como sou.