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terça-feira, 29 de maio de 2012




" ESTRANHA  LOUCURA"

(Maria Paraguassu)


Toma conta de mim
Esta estranha loucura.
Sou louca porque vejo,
Amo, odeio, grito e penso,
Em fazer o que eu sonho.



Meu sonho é de guerra,
De paz e de lutas.
De silêncios e labutas,
Que meu coração encerra.



Mas, por que vem tudo isso?
Se no meu parco conceito,
Por vir de mim, tanto sofro,
Tanto choro e não aceito.



Que desespero maldito,
Na encruzilhada me encontro.
A vida e morte que eu sonho,
Neste vai-e-vem infinito.



Esta é a estranha loucura
De um ser que não teve passado,
De alguém que não terá futuro,
E tem um presente arrasado.



Louca, eu? Jamais me vi
Assim deste jeito.
Penso e repenso e escuto vozes
Que me provocam, dizendo:



Sou o que sou, na verdade,
Sou uma triste e estranha
Conclusão de um velho profeta,
Que conta na lenda da vida,
A fatal e cruel realidade.


domingo, 20 de maio de 2012




DEPOIS

(Maria Paraguassu)


Depois, é algo que
Pode nunca chegar...
Depois, é o amanhã
Incerto e desconhecido...

Depois, é a dúvida
Que assola nosso coração...
Depois, é a forma
De adiar o agora...

Depois, nunca foi o ontem
Nem nunca será o hoje...
Depois, não sabemos
Se os pensamentos serão os mesmos...

Depois, vale por um talvez
Que de certeza não tem nada...
Depois, é outra vez
Onde a luz ainda não se fez...

Depois é, em suma,
A dúvida do que seremos...
Ou a convicção
Daquilo que nunca fomos...








segunda-feira, 7 de maio de 2012




PARA MINHA MÃE

(Maria Paraguassu)


Escutei-te a voz,
Quando ainda nada entendia.
De onde estava, sentia teu amor
A me abençoar e a conversar comigo.

Era uma voz tão doce e tão meiga,
Que me deixava à vontade
Para crescer e fazer peripécias
Dentro de ti.

Foi um período tão bom,
Quando não sentia fome nem frio.
Tu me aquecias e me alimentavas
Com a seiva doce e gostosa do teu ventre.

Depois, nasci.
E teu amor cresceu mais ainda.
Colhia-me em teus braços e
Beijava-me o rosto e os cabelos.

Como me senti amada. Desde sempre.
Hoje, sou eu que te beijo e te venero.
Velhinha, doente e cansada,
Trazes na face, ainda, o mesmo olhar.

E quando te olho, sinto o amor
Crescer e derramar-se em meu peito.
E compreendo e aceito teu medo de ir embora
E deixar-me, depois de tanto tempo juntas.

E nossos olhares se encontram e
Eu escondo o pranto que teima em cair,
Para que tu não percebas a saudade imensa
Que eu sinto do tempo que estava dentro de ti.

Juro-te que daria qualquer coisa,
Para ter-te novamente, jovem e bela,
A beijar meu rosto e meus cabelos
E a dizer-me do grande amor que tinhas por mim.

Deixa-me olhar nos teus olhos e
Dizer-te que amor nenhum é igual ou maior
Que o amor de uma mãe por seus filhos.
Beijo teu rosto e teus cabelos, mãe amada.



Quero, com este poema, felicitar e abraçar a todas as minhas amigas e seguidoras que são mães, pelo Dia das Mães.

Feliz Dia das Mães!

quarta-feira, 2 de maio de 2012





UM GRANDE AMOR

(Maria Paraguassu)


Busquei no teu sorriso,
A minha sustentação.

Busquei na tua boca,
O beijo que eu queria.

Busquei no teu olhar,
O espelho de mim mesma.

Busquei nas tuas falhas,
A desculpa para as minhas.

Busquei nas tuas mãos,
O calor que me faltava.

Busquei no teu corpo,
Saciar o meu desejo.

Busquei na tua voz,
A música para meus ouvidos.

Busquei na tua fé,
A força da minha coragem.

Busquei na tua alma,
O coração que tanto queria.

Busquei em você,
                 O grande amor da minha vida.