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segunda-feira, 26 de março de 2012




ALMA

(Maria Paraguassu)


Por vezes, sinto
que minh’alma se afasta,
e me observa...

É um sentir tão profundo,
uma saudade tão grande,
de um outro mundo...

Por vezes, tenho
um pensar tão distante,
de um estranho lugar...

Parece que ali estive
talvez em sonhos,
talvez em outras vidas...

Por vezes, penso
que estou voltando ou indo,
sem nada estar sentindo...

Posso até estar sonhando
pois o meu constante pranto,
é real e até existe...

Por vezes, sou aquela
que espera por alguém,
                  que chegará, enfim...

                       Será minh’alma
                    tão saudosa e louca,
                     voltando prá mim?...        









quinta-feira, 22 de março de 2012




OUTONO

(Maria Paraguassu)


É outono...
Das árvores, as folhas
se soltam e caem.
O chão mais parece um tapete
de cores mortas levadas pelo vento.

Um mosaico de flores se quedam,
como que embriagadas pelo sol
do verão que se foi.

Como na vida, mais uma estação
que muda o cenário dos dias.

Minh’alma também tem estações definidas.
Como no outono, parece
desfolhar-se, tal qual uma
pele ressequida pelas intempéries. 

Descama-se o coração quando sofre.
E, nos olhos, as lágrimas descem
como a chuva fina e fria,
que o outono traz.

É outono...
Fecho-me em mim mesma
como um casulo,
                 pois é tempo de recolhimento.


domingo, 18 de março de 2012




DORES DO AMOR

(Maria Paraguassu)




Pelo grande amor que te dedico,
perco-me na jornada desta vida.
Busco a mim mesma, sem saber,
que já não mais existe uma saída.



Esqueço-me até, de quem eu sou,
Olvido fases de meu melhor passado.
E vivo perdida na teia da ilusão,
do pouco amor que sempre me foi dado.



Hoje, sem saber quem sou, ainda
ando entristecida pelo que passei.
Imploro a volta daquele louco amor,
por tanto, tanto que eu amei.



Sou um farrapo humano, à revelia
de tudo o que ocorre à minha volta.
Quero esquecer no pranto que abrevia,
a dor imensa deste amor que me revolta.



Faço planos, escrevo e mando cartas,
pois bem longe estou, neste momento.
tento curar-me aos poucos da tristeza,
            sem conseguir tirar você do pensamento.


terça-feira, 13 de março de 2012





FUGAS

(Maria Paraguassu)


Fugir!
De que, de quem, para que?
se a vida é uma eterna volta...

Recomeçar o que ficou
para trás, abandonado,
sem solução ...

Casos pendentes,
vidas em conflito,
crises em profusão ...

Amores estagnados,
corações amargurados,
peças de um jogo,
com início, mas sem fim ...

Lá adiante, a vida pede
a reparação que ficou.
O jogo continuará,
até que acabe, enfim...

segunda-feira, 5 de março de 2012





DIA DA MULHER

( Maria Paraguassu)


Ao vê-la assim,
velhinha e alquebrada,
sofrida, adoentada,
lembro-me dos dias em que ainda era
o esteio da família.

Mulher-mãe, mulher-avó,
mulher-enfermeira, ou
simplesmente, mulher!

Trilhou árduos e muitos problemas,
(a vida apresentou muitos e muitos a ela),
resolveu outros tantos,
até que cansou.

E hoje, acamada, sem poder caminhar,
sem a lucidez dos tempos de outrora,
olho-a e sinto tanto amor,
pelo que ela foi e pelo que ela é.

Continua sendo a mãe de sempre,
mãe-ternura, mãe-amor, mãe-coração.
E, o melhor de tudo,
ainda está entre nós.

A ela, dedico esta homenagem, não apenas
pelo Dia da Mulher,
mas por ser, especialmente,
a minha mãe.

quinta-feira, 1 de março de 2012




DEVANEIO

(Maria Paraguassu)


Nos meus olhos, você.
Na minha boca, o sorriso.
No meu corpo, as marcas
amargas que você deixa...

Nas minhas mãos, o carinho.
No meu ser, a vontade.
No meu peito, o teu ninho.
na minh’alma, a saudade...

Sentimentos que maltratam
quando não estás comigo.
Em meus devaneios procuro,
               para o meu coração, um abrigo...